27.7.11

Danças tradicionais timorenses








(Hoje, no Hotel Timor, na recepção aos convidados para a abertura do Ano Académico da Universidade Nacional de Timor Lorosa'e)

21.7.11

Houve um colossal quê?

O Povo Livre desmentiu o Ministro das Finanças e repetiu a teoria do desvio colossal. Se, como nota o João Galamba, se soube hoje que não há desvio colossal nas contas públicas, então terá havido algo de colossal, mas dito pela boca do nosso Primeiro-Ministro. Terá sido um colossal quê?

20.7.11

Declaração de voto: o PS precisa de um novo modelo e não de um facelift

O que está em causa no PS, neste momento, não é discutir o partido que éramos antes da grande crise mundial, mas o que seremos depois dela. Como vamos fazer a nossa nova agenda, o que temos a dizer aos portugueses sobre como queremos tirar o país da crise e para onde queremos que ele vá a seguir.
Porque apoio Assis? Porque concordo com a sua visão de que o PS tem que trabalhar para apresentar um novo modelo de acção política e não creio que a profundidade da mudança necessária se atinja com um mero facelift, um refrescamento de linhas no modelo actual. E porque penso que o que levou à derrota do PS não foram os defeitos do condutor mas a falta de combustível das ideias neste espaço político.
Faço parte dos que acham que a crise existia com o anterior governo e, se não começou, também não acabou no dia da chegada do PSD e do CDS ao poder. O maior erro possível da próxima direcção do PS seria cair na tentação do populismo de esquerda, fazendo coro com maximalistas e oportunistas, à espera que a mesma crise lhe volte a caír nas mãos e tenha para lhe fazer face as mesmas medidas que tem hoje no cardápio.
Hoje, tal como em 1986,o PS precisa de preparar um novo caminho. Assis percebeu-o. Seguro ainda não.

19.7.11

Manuel Villaverde Cabral apresentou-me Robert Fishman com uma frase que diz tudo: É o único investigador sobre as transições para a democracia em Portugal e Espanha que percebeu a superioridade da transição revolucionária sobre a transição sem revolução.  Desde então tenho seguido os trabalhos deste sociólogo e recomendo vivamente a quem possa que o vá ouvir, amanhã, 20 de Julho, às 18 horas, falar sobre Contrastes entre Portugal e Espanha: Prática Democrática e Crise Económica, nas instalações do CES-Lisboa (Picoas Plaza, Rua do Viriato 13, Lj. 117/118).

18.7.11

O processo eleitoral em curso no PS: o debate blogsférico, parte II (do debate televisivo a 18 de Julho)

É conhecida a minha opção nesse processo, mas o que abaixo encontra nada tem que ver com isso. Éa segunda parte de uma resenha, começada aqui  de como, gente de dentro e de fora, a favor e contra o PS se posiciona perante o que dizem e fazem ambos os candidatos e candidaturas. Pretendi incluir tudo menos textos ofensivos e atentatórios da honra. Todos os reparos, correcções de erros e suprimento de lacunas são bem-vindos

1. O debate televisivo na leitura dos bloggers
Orlando Lopes de Sá, no Standards & People, Pá, Razões para um sub-desenvolvimento - A mentalidade (15 de Julho)
Nelson Peralta, no Bloco de Esquerda do Concelho de Alcanena, O PS no reino dos afectos (14 de Julho).
Tião, no Kromnus, Debate caseiro (14 de Julho)
Weber, no Mainstreet, Seguro tem manha (14 de Julho)
António, no Diário de Bordo, Quo Vadis, PS? (13 de Julho)
Luis Novais Tito, n'A Barbearia do Senhor Luís, Malhar (13 de Julho)
Joao Afonso Machado, n'o Corta Fitas, O outro lado do debate (13 de Julho)
Rui Calafate em It's PR Stupid, A luta no PS (13 de Julho)
David Mota,  em Uma visao, um ponto de vista, uma opiniao, Unico debate de TV entre candidatos a lideranca do Partido Socialista (13 de Julho)
Amílcar Morais, no Alea jacta est, É preciso manter o nível do debate político (13 de Julho)
A. Simões de Almeida, em Muitos Dias Muitas Noites, Assis versus Seguro (13 de Julho)
Diogo Agostinho, no Psicolaranja, Afecto Seguro, liberdade ao povo de Assis (13 de Julho)
Emanuel Sousa, na Reunião Geral, Conversas de Comadres (13 de Julho)
Ex-DGEMN, no EX-DGEMN, PS: Seguro ou Assis? (13 de Julho)
Nuno Santos Silva, no Senatu, O preconceito anti-Seguro (13 de Julho)
Pedro Rolo Duarte, em Pedro Rolo Duarte, Divergência convergente (13 de Julho)
Rogério da Costa Pereira, na Pegada, Assis vs. Seguro, o debate (o tal que Seguro permitiu) (13 de Julho)
Paulo Pedroso, no Banco Corrido, O único debate público entre Assis e Seguro - conclusões de um telespectador comprometido (12 de Julho)
Pedro Correia, no Delito de Opinião, O maior derrotado (12 de Julho)

2. Os posts sobre as propostas e a candidatura de Francisco Assis - Parte II
José Carlos, no Calçadão de Quarteira, À mesma hora em todas as federações a força das ideias contra a força da inércia (18 de Julho)
Reitor, em Da Reitoria, Ok. Já sabem em quem votar: Francisco Assis (18 de Julho)
Santana-Maia Leonardo, no Rexistir por Abrantes, S. Francisco Assis (18 de Julho)
Susana Barros, no Sem  Embargo, "Tenho simpatia por Francisco Assis", diz Luis Amado (18 de Julho)
João Vasconcelos Rodrigues, no Activismo de Sofá, Um tema interessante (15 de Julho)
Brissos Lino, n'A Ovelha Perdida, O que e "abrir um partido"? (15 de Julho)
Sérgio de Almeida Correia, no Delito de Opinião e n'O Bacteriófago, Uma discussão necessária (15 de Julho)
AG, no Exilio de Andarilho, O PS ensandeceu? (14 de Julho)
Nuno Santos Silva, no Arcádia, Há aqui uma lógica que me escapa... (14 de Julho)
Daniel Oliveira, no Arrastão, A pouca coisa e a coisa do costume (13 de Julho)
Filipe Henriques, no Real República, Um debate com poucas ideias (13 de Julho)
Jorge Lopes de Carvalho, no Manual de Maus Costumes, O trigo e o joio (13 de Julho)
José Simões, no Der Terrorist, Mais rápido que a própria sombra (13 de Julho)
Pereiró, n'A Zorra da Boavista, Eleições no PS (13 de Julho)
Valupi, no Aspirina B, Os valores não se proclamam, revelam-se (13 de Julho)

3. Os posts sobre as propostas e a candidatura de António José Seguro - Parte II:
Mário Plácido, na Tertúlia do Garcia, Um homem bem seguro (18 de Julho)
Berta Brás, no A Bem da Nação, A propósito de uma frase (17 de Julho)
Pedro Araújo, em Viagens Oníricas, Não dizer nada em muitas palavras (17 de Julho)
Edu Sa Pessoa,em Sa Personna, O paradoxo dos partidos (15 de Julho)
Sofia Loureiro dos Santos, em Defender o Quadrado, As férias aí estão (15 de Julho)
Rff, nas Hipocrisias Indígenas, O Seguro (14 de Julho)
João Ribeiro, no Ad Confessionem, A inteligência táctica de Daniel Oliveira e o T de SWOT (13 de Julho)
Luis Sá Lopes, em Nas Àguas Mornas, O laboratório (13 de Julho)

4. Os comparativos - Parte II
Ana Clara, no Agenda Setting, Assis e Seguro - "Produtos" das juventudes partidárias" (18 de Julho)
Joaquim Alexandre Rodrigues, no Olho de Gato, Cavaco e a moeda forte (18 de Julho)
José Pinto da Silva, no Inconfidências, Como fizeres assim terás (18 de Julho)
Helder Guerreiro, no Alentejo de Baixo, Os partidos e o Partido Socialista - Parte 1 (17 de Julho)
Miguel ângelo Castro, na Aurora, "É urgente a coerência" (17 de Julho)
Carlos Reis, no Sul e Sueste, Um problema de semântica, (15 de Julho)
Nuno Goncalo Pocas, no Geracao de 80 Duas notas sobre as eleições no PS (15 de Julho)
O Almirante, n'O Almirante, Ninho de ratos (15 de Julho)
Teixeira Pina, em The Bests, PS - que futuro? vs novo Secretário-Geral do PS (15 de Julho)
Alexandre Rosa, em Olhares do Litoral, A propósito das primárias no PS (15 de Julho)
Ivo Brandão, n'A Minha Agenda, Tiques Socráticos (13 de Julho)
João Ricardo Vasconcelos, no Activismo de Sofá, Os partidos são sres muito estranhos (13 de Julho)
José Carlos Pereira, no Incursões, Assis e Seguro (I) (13 de Julho)

5. Declarações de apoio
Francisco Assis: João Cunha, Rouxinol de Pomares.
António José Seguro: Almeida Pinto, André Sousa, António Luis Lopes, Luis Novais Tito, Marco da Raquel, Raulja, Sérgio de Almeida Correia, Tibério Dinis.

Mandela day, today.


                                                           What can I do on Mandela day?

17.7.11

"Partidos sem eleitores são como filmes sem espectadores" (Carlos Santana)

Num debate animado no Facebook sobre a pergunta que está aqui ao lado sobre quem deve ver o seu poder alargado nas decisões do PS, Carlos Santana escreveu uma frase que merece relevo no debate em curso sobre os "simpatizantes" do PS: "Partidos sem eleitores são como os filmes sem espectadores. Só subsistem se forem subsidiados".

Alba Iulia, render da guarda na citadela

14.7.11

Lei orgânica do governo: a tutela em rede e os perímetros indefinidos

A leitura da lei orgânica do Governo diz bem das dificuldades em clarificar funções e atribuir responsabilidades. Abundam as tutelas conjuntas, as tutelas "articuladas". A redução de ministros resultou menos em superministros que em ministros enredados nas intertutelas. E também tem o seu quê de curioso o perímetro de acção do Ministro dos Assuntos Parlamentares, que passa a incluir as autarquias.
Quando os serviços da PCM (ou será agora do PM?) fizerem o organigrama do governo vão ter uma certa dor de cabeça, dadas as àreas sobrepostas e indefinidas nos perímetros dos ministérios. O caso mais engraçado é o da tutela conjunta de dois ministérios em articulação com um terceiro.

13.7.11

Se fosse um concerto dos U2... Lamentável, é a única palavra que me ocorre

Se fosse um concerto dos U2 não faltariam registos video e audio online. Mas é só um debate entre candidatos a Secretário-Geral do PS, não é de esperar que haja militantes entusiasmados ao ponto de trazer as performances dos candidatos para o youtube.
Não deixa de ser anedótico que, no século XXI, um grande partido democrático e moderno receie as discussões de portas abertas. O tempo dos sotãos, das salas cheias de fumo, dos debates restritos a iniciados, acabou. Caso não tenham dado por ela este é o século XXI.
António José Seguro, ao impor à discussão estes hábitos das organizaçõesdo séc. XIX, receosas da contaminação pelo exterior e/ou de que as massas tomem antes de tempo contacto com o que as vanguardas lhs preparam, sinalizou indelevelmente que tem uma concepção anacrónica de partido da esquerda democrática. Não venham com a história da "roupa suja", o PS não é uma família nem um club privado, é uma organização que visa influenciar a sociedade e que deve começar por se mostrar a si próprio como exemplo de defesa radical da democracia.
Os socialistas decidirão no momento próprio, livremente, se Seguro tem razão e as dezenas de milhares de militantes se bastam a si póprias e olham para o mundo "exterior" como algo que receiam ou tentam manipular ou se Assis tem razão, o partido deve ser completamente aberto e a sociedade deve entrar por ele adentro, porque hoje não se justificam muralhas a separar os chamados militantes dos cidadãos socialistas sem cartão. Eles dirão que estilo de partido querem e que tipo de liderança desejam. Se escolherem olhar para trás, os "lá de fora", a seu tempo, explicar-lhe-ão porque erraram.
Entretanto, hoje umas poucas centenas de disponíveis poderão disfrutar do debate entre candidatos.  E se os jornalistas, depois de lhes ser vedade a entrada da sala, ainda entrarem no jogo, todos os outros - militantes e não militantes - terão amanhã a imagem duplamente distorcida do que se passou, veiculada, através das famosas "fontes das candidaturas", sem rosto e sem nome, que tentarão substituir a informação pela propaganda. Tudo isto era regra no século passado, tudo isto hoje é bafiento. Lamentável, é a única palavra que me ocorre.

PS. Sou militante da FAUL, estou no estrangeiro, por isso não posso estar no debate que pressupõe que os militantes podem todos passar pelos candidatos no Altis.

Porque desce a fertilidade das famílias europeias? Porque há excepções?

Se o Senhor Presidente da República pedir a um dos assessores da Casa Civil para assistir a este seminário e se o briefing for bem feito, por certo passará a entender melhor o fenómeno da baixa da natalidade em Portugal e, dentro da sua nova filosofia de ccooperação do governo, poderá ser proactio de forma mais informada e produtiva.
Se está em Lisboa e se interessa pelo tema, amanhã de manhã não perca o seminário (a entrada é livre).

12.7.11

O único debate público entre Assis e Seguro - conclusões de um telespectador comprometido

O debate deixou muito claras as diferenças de discurso, de ideias, de cultura política, de visão do PS entre Assis e Seguro. Também tornou evidente porque é que Seguro não quer que haja mais nenhum aberto ao grande público.
Um bom líder do PS, contudo, terá que sentir-se tranquilo perante o escrutínio diário de milhões de portugueses e não apenas confortável dentro das portas do partido, com os seus dirigentes e militantes.

O processo eleitoral em curso no PS: o debate blogsférico, parte I (até 12 de Julho)

Hoje a eleição do scretário-geral do PS passa episodicamente para a televisão. É conhecida a minha opção nesse processo, mas o que abaixo encontra nada tem que ver com isso. É uma resenha de como, gente de dentro e de fora, a favor e contra o PS se posiciona perante o que dizem e fazem ambos os candidatos e candidaturas. Pretendi incluir tudo menos textos ofensivos e atentatórios da honra. Todos os reparos, correcções de erros e suprimento de lacunas são bem-vindos.



1. Os blogues militantes
Apoiantes de Assis: Francisco Assis  - A força das ideias (Coimbra)A força das ideias Francisco Assis - Santarém; Assis Gondomar;

Apoiantes de Seguro: António José Seguro - Oeste, António José Seguro Setúbal, Blog da Campanha de António José Seguro | Coimbra, O Novo Ciclo (Braga), O Novo Ciclo, no Ribatejo,


2. Os posts sobre as propostas e a candidatura de Francisco Assis:
Eduardo Pitta, no Da Literatura, Citação, 360 (12 de Julho)
João Costa, no Opiniões de Algibeira, Público: "Assis quer combater quem se move no partido na "gestão de pequenas ambições"" (11 de Julho)
José Ricardo, na Res Civitas, a mudança no PS (11 de Julho)
Lura do Grilo, no Lura do Grilo, Autoflagelação (9 de Julho)
Rita Paias, no Pnesamentos e Desvarios, Eleições primárias (5 de Julho)
João Costa, nas Opiniões de Algibeira, Contra todas as expectativas... (4 de Julho)
João Vasconcelos Costa, No Moleskine, Primárias no PS: demagogia? (2 de Julho)
Primo de Amarante, na Margem Esquerda,  A "força da verborreia"! (2 de Julho)
António F. Nabais, em Os Dias do Pisco Mas Passos Coelho está tão igual a Sócrates! (2 de Julho)
JJ, na Gota de Àgua, Assis apoia o reforço da dose, apoia o governo, mas não o país! (26 de Junho)
João Nogueira dos Santos, em Adere Vota e Intervém Dentro de um Partido, O grande risco das primárias partidárias: a ausência de participação dos cidadãos (26 de Junho)
José Reis Santos, no Política de Vinil, Sobre a proposta de primárias de Assis (e o recente boicote do PS ao mesmo tema), (26 de Junho)
Papa açordas, no Papa açordas, Assis reconhece que propõe "rupturas" que mexem com alguns sectores do partido (26 de Junho)
Weber, no Mainstreet, Assis com sentido de Estado (26 de Junho)
António Vieira Lopes, em Os cafeínicos, Partir louça... (24 de Junho)
Ascenso Simões, no Correio Registado, Assis e a OPA hostil (24 de Junho)
Cunha Ribeiro, em Parada de Aguiar, PS dominado por interesses políticos?! É lá possível! (24 de Junho)
Orlando Lopes de Sá, no Standards e People, Pá, Fernando Nobre, Rui Tavares e Francisco Assis. O que vale é que as férias já estão mesmo aí... (24 de Junho)
António Balbino Caldeira, em Democracia Directa, A instrumentalização pós-socratina da democracia directa (23 de Junho)
José de Lopo, no Revisões, A força das ideias (23 de Junho)
José Ferreira Marques, em A Forma e o Conteúdo, Primárias já! (23 de Junho)
kamarada Spartacus, na Blague de Esquerda, Elementar, meu caro Assis (23 de Junho)
Venerando Aspra de Matos, no Pedras Rolantes, Finalmente uma boa ideia. Francisco Assis quer eleições do PS abertas aos cidadãos (23 de Junho)
António Colaço, no Ânimo, Francisco de Assis. Candidatos independentes pelo PS já nas próximas autárquicas! (22 de Junho)
DC, no Luminária, Se assim for, este será o meu candidato (22 de Junho)
Fernando Torres, em Desenvolturas e Desacatos e n'O Escrevinhador,  Ambição de poder (22 de Junho)
LR, no Blasfémias, Tiro o chapéu a Francisco Assis (22 de Junho).
Nuno Gouveia, no 31 da Armada, Mesmo que não seja popular no PS (22 de Junho)
Rui Fonseca, no Aliás, Afirma Assis (22 de Junho).
José Carlos, no Calçadão de Quarteira, Assis quer "primárias" em todas as eleições (21 de Junho)
Paulo Pedroso, no Banco Corrido, PS. O aparelhismo nunca existiu (15 de Junho)
Rui Rocha, no Delito de Opinião, Quem tramou Francisco Assis? (15 de Junho).
Ana Paula Fitas, n'A Nossa Candeia, Francisco Assis e a questão de fundo para a mudança no Partido Socialista (14 de Junho)
Pedro Adão e Silva, no Léxico Familiar, O bom e o mau aparelhismo (14 de Junho)

3. Os posts sobre as propostas e a candidatura de António José Seguro
João Monge de Gouveia, no Senatus, Os próximos anos de Seguro (12 de Julho)
Luis Novais Tito, N'A Barbearia do Senhor Luís, Tcim-tchim, caro Seguro (12 de Julho)
Miguel Costa Matos, Agências de rating (12 de Julho)
Soba, no The Other Side of Africa, Se este blog fosse do PS, não apoiaria António José Seguro na corrida à liderança do PS (12 de Julho)
Rui Namorado, n'O Grande Zoo, O fantasma da margem esquerda (12 de Julho)
Vega9000, na Aspirina B, O homeme transparente (12 de Julho)
António Vieira Lopes, n'Os cafeínicos, Com diagnósticos destes... (11 de Julho)
Rogério da Costa Pereira, na Pegada, Bem calçado vai para a fonte. Tó-Zé, pela calada; vai seguro e afectuoso (11 de Julho)
Groink, n'O triunfo dos procos (perdão, bácoros), Ooh, the void, the void... (11 de Julho)
Rui Costa Pinto, no Mais Actual, Seguro sem medo da corrupção (10 de Julho)
Hortense Morgado,em Hortense, Os reis da cambalhota (8 de Julho)
José Manuel Diogo, no Agenda Setting, O discurso político de Tó-Zé Seguro (7 de Julho)
António Vieira Lopes, n'Os Cafeínicos, António José Seguro tem uma nova estratégia para Portugal... (4 de Julho)
Rui Costa Pinto, no Mais Actual, A força do novo PS (3 de Julho)
Andreé Ferreira de Oliveira, no Política com Alma, O novo ciclo (2 de Julho)
Ana Gomes, no Causa Nossa, Maltratar a Grécia afunda a UE (28 de Junho)
Francisco Teixeira, no União de Facto, "Tenho que olhar para a realidade" (27 de Junho)
Vitor Freitas, no Réplica e contra-réplica, António José Seguro, candidato a secretário-geral do PS, na Madeira (27 de Junho)
Samuel, no Cantigueiro, António José Seguro - Privilégios... (27 de Junho)
GPC, no Acerca do MUndo, Ora bolas! (26 de Junho)
João Paulo Pedrosa, na Praça Stephens, António José Seguro (26 de Junho).
LP, N'A Insustentável Leveza so Ser, António José Seguro defende na Madeira autonomia regional (26 de Junho)
APEDE, no APEDE, Importa-se de repetir? (25 de Junho)
José Carlos, no Calçadão de Quarteira, António José Seguro em Portimão (24 de Junho).
Paulo Guinote, na Educação do Meu Umbigo, Segurança (24 de Junho)
António Cerveira Pinto, n'O António Maria, Seguro defende mais Europa (21 de Junho).
António Colaço, no Ânimo, António José Seguro. Não pactuarei com as nuvens (de corrupção) que possam pairar! (21 de Junho)
João Carlos Correia, n'A Minha Gazeta, Com António José Seguro, a favor de eleições primárias (20 de Junho)
Nós, em Nós por Celorico, Sempre pelo Seguro (20 de Junho)
Filipe Honório, na Real República, A visão de Seguro (16 de Junho)
Raul, no Congeminações, Gostei da pequena entrevista que António José Seguro concedeu à RTP1 (14 de Junho)
Álvaro Ferro, no Simplifique, Sai Sócrates, entra Seguro (13 de Junho)
Jorge Lopes de Carvalho, no Manual de Maus Costumes, Como as coisas se fazem (13 de Junho)
João Pereira dos Santos, no Aventar, António José Seguro e o arejamento do PS (10 de Junho)

4. Os comparativos
Abylyo Koelho, no O Nosso Mundo..., Assis e Seguro - Afectuosamente (12 de Julho)
Congeminações no Congeminações, Na opinião pública de hoje no canal de elevisão da SIC Notícias, o tema era sobre qual o melhor candidato à liderança do PS (12 de Julho)
Diogo Santos, no Senatu, Assis ou Seguro? (12 de Julho)
Maria Flor Pedroso, no Sem Embargo, Assis e Seguro: noite de afectos socialistas (12 de Julho)
Joaquim Alexandre Rodrigues, no Olho de Gato, Assis - Seguro (8 de Julho)
Paulo Anjos, n'A PRaça do Bocage, Contar Espingardas (6 de Julho)
Zésen, no Zézen XL, P.S. Luxemburgo diz, basta! (5 de Julho)
DC, no Luminária, PS: não há luminária que me valha (4 de Julho)
Emanuel Sousa, na Reunião geral, Uma semana dos diabos II (3 de Julho)
Paulo Silva, no Penedo Grande, Mudar ou morrer... (2 de Julho)
Tiago de Melo Cartaxo no Estado de Necessidade, É triste! (29 de Junho)
Pedro Lains, E o PS? (28 de Junho)
Congeminações, em Congeminações, Quem escolherão os militantes do PS para seu secretário-geral (26 de Junho)
Rogério da Costa Pereira, na Pegada, Francisco Assis vs Tó-Zé Seguro (25 de Junho).
ASM, em Africa Minha, A bússola gelatinosa de Assis (25 de Junho)
Tibério Dinis, no Inconcreto, As directas do Partido Socialista (25 de Junho)
João E. Severino, no Pau Para Toda a Obra, Talvez se enganem (24 de Junho)
João Carlos Correia, n'A Minha Gazeta, Eleições primárias e cidadania (23 de Junho)
Eduardo Louro, na Quinta Emenda, Uma boa ideia, mas... (22 de Junho)
AG, no Exílio do Andarilho, Assis vs Seguro (20 de Junho)
João Pedro Santos na Sociedade Aberta, Entrevista de Francisco Assis (20 de Junho)
Luis de Aguiar Fernandes, em Manifestação Espontânea, Só prós com António José Seguro (20 de Junho)
Américo Rodrigues, no Café Mondego, O aparelhismo (18 de Junho)
Ana Paula Fitas, n'A Nossa Candeia, Francisco Assis e a indispensável liderança da oposição (17 de Junho)
João Cachado, em Sintra do Avesso, Obviamente, sejam eleitos... (17 de Junho)
António Andrade de Matos, no Senatus, António José Seguro vs Francisco Assis (16 de Junho)
A. Simões de Almeida, em Muitos Dias, Muitas Noites, Seguro e Assis (15 de Junho)
Paulo Baldaia, em Escrita Política - Blogue TSF, Sem rei nem roque (15 de Junho)
Rui Calafate, em It's PR Stupid, O combate Seguro/Costa no PS (14 de Junho)
António Garcia Barreto, n'O Voo das Palavras, O PS não vai ter outro special one da política (13 de Junho)
Tomás Vasques, no Hoje há Conquilhas amanhã não sabemos, A importância da oposição (13 de Junho)
Agente Secreto, na Opinião Secreta, Eleições PS: Seguro vs. Assis (12 de Junho)

5. Declarações de apoio
Francisco Assis: Abel Ribeiro, Carlos Alberto, Castro FernandesCausaseconsequência, Eduardo Vitor Rodrigues, Fátima Ferreira, Francisco Clamote, Jaime F. Teixeira, João Silva, Jorge ValdoleirosJosé Pinto da Silva, Miguel Pombeiro Ricardo Barros, Rui Namorado.
António José Seguro: André Ferreira de Oliveira, António Fonseca Ferreira,  Assembleia de militantes do Sabugal, Comissão Política Concelhia de FafeCorrente de Opinião Esquerda SocialistaJosé Graça, José Miguel Silva, Paula de Deus,

OS subsídios ao emprego postos em causa: não beneficiam os desempregados de longa duração, diz estudo sobre a Alemanha.

Os subsídios ao emprego de desempregados de longa duração têm efeito na sua empregabilidade? Um estudo da Universidade de St. Gallen, acabado de sair, que analisou os subsídios ao emprego de DLD na Alemanha entre os anos de 2000 e 2002, conclui que não, ao contrário de estudos anteriores, pondo em causa a relevância deste tipo de medidas, bastante usadas -  e encorajadas pelos organismos internacionais - nas políticas activas de emprego. O estudo está disponível aqui.

Nem é tempo para o PSD brincar às ofensivas liberais nem para o PS passar a negar a que a crise mundial existe.

A economia portuguesa está doente há uma década e isso notou-se, entre outras coisas, nos crescimentos muito moderados e na incapacidade de conter o aumento do desemprego. Agora que está submetida a terapia intensiva terá dois anos sucessivos de recessão, "o maior recuo combinado da história portuguesa", diz-se. É preciso acreditar na cura para ter ânimo para sobreviver à terapia. Daí que não seja tempo para o PSD brincar às ofensivas liberais nem para o PS se substituir ao PSD de há 6 meses, de modo populista e irresponsável, negando a evidência da crise. Se não foi Sócrates que inventou a crise mundial, ela também não passou a ser ficção quando Passos Coelho chegou a Primeiro-Ministro. Deixemos o PCP e o BE brincar com as dificuldades dos portugueses, convencidos que as capitalizam e concentremo-nos em separar o trigo do joio nas medidas que aí vêm, ou se preferirem, em separar os princípios farmacológicos activos dos placebos e estes ainda dos alucinógenos liberais.

A pílula é tão mais amarga quanto sabemos que a falta de visão europeia da crise fez de nós vítimas precoces de um problema que mais cedo que tarde chegará às barbas de Paris e Berlim. Então, à europeia, serão tomadas as medidas que agora foram recusadas e a pressão sobre nós aliviar-se-á. O que o austeritativismo já nos terá feito não tem regresso, mas nem temos agora alternativa a seguir este caminho nem podemos ter outra esperança que não a de que a Europa prove que existe na hora de gerir o Euro, nem que o faça tarde. tardíssimo, como historicamente sempre faz. Sob pressão, contudo, a Europa tem acabado por tomar boas decisões. Oxalá a história se repita agora.

11.7.11

Esquerda à esquerda do PS: "E agora, que vai ser de nós sem os Bárbaros?"

“E agora, que vai ser de nós sem os Bárbaros? /Essa gente era uma espécie de solução”. Termina citando Cavafis, a melhor análise da esquerda até agora vinda a lume da esquerda à esquerda do PS sobre o que a esquerda precisa de aprender com os meses que nos levaram do PEC ao PSD-CDS. A ler, Cipriano Justo, aqui.

Never forget Srebrenica


Que partido, quando e a propósito de que eleições escreveu esta frase?

Em relação ao aumento das receitas fiscais, o esforço será feito sem aumento de impostos, baseando-se na melhoria da eficácia da administração fiscal, do combate à economia informal e à fraude e evasão fiscal, o que permitirá um alargamento da base tributável.

Leia a página 28 deste documento, se quiser obter a resposta.

9.7.11

RIP Diogo Vasconcelos

Não me atrevo a escrever sobre ele. Conheciamo-nos muito superficialmente, de uma meia dúzia de reuniões e encontros casuais. Recordo, sobretudo, o seu sorriso bem-educado, a sua militância na defesa das suas causas e, não posso deixar de dizê-lo, a solidariedade pessoal que dele recebi nos momentos mais difíceis, em que podia ter escolhido a distância ou o silêncio, mas escolheu o abraço e a palavra.
Se escrevesse mais do que isto, gostaria de ter escrito como a Maria Manuel Leitão Marques e o Carlos Zorrinho.

Samba do approach (dedicado aos analistas da Moody's, na semana em que nos reduziram a trash)

8.7.11

Quais são as marcas portuguesas?

Quais são as marcas portuguesas mais conhecidas, perguntou-me genuinamente um colega turco. Olhando em volta, no escritório, nas lojas por onde passei, na cidade, em Ankara, na última semana, só descobri três, estas:





Bem sei que não sou um especialista em branding, mas de repente dei por mim a pensar que em toda a União Europeia só há seis economias maiores que a da Turquia, país que anda com taxas de crescimento perto dos nove por cento. Não temos marcas, não penetramos neste mercado em especial ou andamos distraídos? Noutros países fora dos nossos destinos tradicionais passar-se-á o mesmo?

PS. E não discuto a estratégia destas marcas, provavelmente a mais inteligente, que leva, nos dois primeiros casos, a que só um português saiba que são portuguesas.

PS2. Na primeira versão tinha-me esquecido do Mateus Rosé. Mas, sim, já o vi por aqui. Ao contrário, para minha surpresa, do Vinho do Porto.

Medidas alternativas de combate ao crime: o exemplo das casas na Holanda

Atenção, legisladores, a Holanda reduziu em 26% o risco de assalto a novas residências sem mexer no código penal, por reduzir o "convite ao crime", como dizem dois economistas neste artigo. Como? Foi simples, mexendo nos requisitos de segurança no regulamento das edificações urbanas. Os nossos securitários precisam de estudar exemplo destes que não mostram capturas espectaculares nem fazem primeiras páginas mas são efectivos na redução da criminalidade.

7.7.11

De links bem abertos: O BCE salta só num pé

Nuno Teles tem razão: Talvez nunca tenha sido tão clara a divergência entre os interesses do capital financeiro e os do resto da economia, se pensarmos à escala europeia. Contudo, como classifica o João Galamba a obsessão neurótica do BCE com a inflação resulta da leitura predominante do seu mandato, a qual, regste-se, é provavelmente a que mais fiel e à letra do dito mandato, ele próprio desequilibrado, resultado dos defeitos institucionais de fundação do Euro e que, diria, faz o BCE saltar só num pé por contraponto à necessidade de um bom banco central ter os dois bem assentes na terra.
Tudo o que se estar a passar neste momento é mau para a Europa real. Mas convenço-me que Europa, hoje, é coisa na qual pensa quem não manda e na qual quem manda não pensa.

6.7.11

Maria José Nogueira Pinto: uma adversária que dava gosto ter

Maria José Nogueira Pinto era uma adversária política que dava gosto ter. Lutava por aquilo em que acreditava com todas as armas legítimas. Queria fazer as coisas acontecer, sabia discutir, provocar se queria, era uma polemista muito mais enérgica do que parecia à primeira vista.
Que me lembre apenas estivemos do mesmo lado nas causas que unem os democratas-cristão aos socialistas democráticos, em particular em alguns temas da solidariedade e um em especial, o lançamento do rendimento mímo garantido. A história apurará que foi ela que dobrou Paulo Portas para que não votasse contra a medida, ameaçando votar a favor se não conseguisse pelo menos a abstenção do CDS.
Não a conheci para além da vida pública e em particular nos breves meses em que participei nos frente-a-frente da SIC Notícias. Mas naqueles poucos minutos que antecedem a entrada em estúdio e nos que se seguem à saída do ar, sente-se a personalidade daqueles com quem se está a falar. Maria José Nogueira Pinto era uma conservadora radical, forte, íntegra e leal.
A vida cívica, não é uma cedência ao lugar comum, perdeu uma protagonista. Provavelmente uma pessoa que a direita não soube aproveitar tanto quanto devia, fazendo o país perder algo do que este espírito independente podia ter-lhe dado. Nalgumas causas, teria feito estragos à minha visão do mundo, mas são os adversários de mérito que melhor estimulam as boas energias das alternativas que defendemos.

5.7.11

A propósito do corte do rating da Moody's: depois do mortal à frente, o choque de realidade.

A Europa, talvez tarde demais, percebeu que o ataque é mesmo ao conjunto da zona Euro e não às moedas periféricas. As agências de rating iam deixando-o escrito nas entrelinhas mas a direita europeia, com os governos socialistas a arder e risco de contágio demasiado longínquo não se preocupava. Pelo contrário, alimentava o populismo da "preguiça" do sul, mesmo contra as evidências. Em Portugal, o PSD viu nessa culpabilização a sua oportunidade e fez um mortal à frente: chumbou o PEC IV, precipitou a ajuda externa, fez campanha na base da negação da crise mundial e na culpabilização do governo, descredibilizou o memorando que assinou como insuficiente.
Agora vem o choque de realidade, para a zona Euro e para o governo português. Objectivamente, o plano francês para a reestruturação da dívida da Grécia esconde mal que é uma operação de branqueamento de activos tóxicos da banca exposta à Grécia enquanto virmos a dívida soberana grega como um problema grego. Os "mercados" não mudaram de orientação, continuam a atacar o Euro. A França e a Alemanha é que estão a mudar de discurso.
O mesmo choque de realidade sofre o governo português. O que diria há dois meses o PSD de um comunicado do Ministério das Finanças sobre um downgrade do rating em que se dissesse que a Moody's "não terá tido em devida conta (...) [o] amplo consenso político que suporta a execução das medidas acordadas com a troika" ou que "o downgrade ora anunciado revela o ambiente adverso da crise da dívida soberana e as vulnerabilidades da economia portuguesa neste contexto"? O que dirão os dois candidatos a líderes do PS?
Depois do mortal à frente do PSD e a sofrer o choque da realidade, a direita e a esquerda portuguesa ou aproveitam para se deixar de ofensivas ideológicas fracturantes como a privatização do Estado social, de retóricas populistas como a do "estado de choque" ou a do "assalto ao bolso" dos contribuintes e trabalham juntas para resolver o problema que todos reconhecem - o da retoma da competividade da economia - ou deitam, cada uma para seu lado, gasolina aos "mercados".
Do ponto e vista europeu, se Portugal caír ainda é uma peça do dominó suportável, mesmo que já se tenha percebido que não cai sózinha, mas do ponto de vista português seria uma tragédia.
Temo pela cegueira estratégica de todos. O Primeiro-Ministro ainda não deu sinal de perceber que não é tempo para os liberais se vingarem dos anos oitenta e noventa. O PCP e o BE ainda parecem sorrir ante a ideia de uma manifestação com muita participação e um par de greves gerais e vejo no PS gente muito destacada, tentando ganhar o partido, que pensa que pode trocar de papel com o PSD e pôr agora o PS a fazer de conta que não há crise internacional, apenas incapacidade da governação.
Quero estar enganado, que o PSD caia em si, que o PS não caia no populismo de esquerda e que o PCP e o BE não julguem que vem aí a melhor oportunidade de ruptura desde o PREC. Mas não vejo nada disso no horizonte.

QUem deve tutelar o FSE?

O governo ainda não sabe quem vai tutelar o Fundo Social Europeu, segundo o DN. Recorde-se que o programa português de gestão dos recursos humanos é o maior da Europa, é um instrumento estratégico para a melhoria da situação educativa e das qualificações profissionais no país e exige grande capacidade de direcção estratégica.
A notícia não surpreende. A atomização das áreas sociais, espartilhadas entre uma secretaria de Estado do Emprego separada da função de protecção social, que está noutro Ministério e o redireccionamento político do Ministério da Educação em que o titular da pasta esta à partida bem distante deste tema sugeria que o risco era real. Vai o Secretário de Estado do Emprego conduzir uma estratégia fundamental para o Ministério da Educação? Vai o Ministro da Segurança Social, que gere o fundo responsável pela contrapartida nacional do FSE, conduzir a estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos? Vai o Ministro da Educação ser capaz de se libertar dos seus preconceitos sobre as novas áreas de actuação? Vai o Ministro da Economia, em plena crise, dedicar-se a coordenar estes fundos, laterais ao core business da sua pasta?
Não é por acaso que a experiência de separação entre segurança social e emprego, ensaiada em 1995 por António Guterres durou só dois anos ou que toda a gente já se esqueceu de experiência semelhante à actual na orgânica do memorável governo de Pedro Santana Lopes. Mas más orgânicas não impedem boas soluções. Chegados aqui, qual é o ministério que melhor percebe a centralidade da estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos para o país? Será Pedro Passos Coelho a dizer. Oxalá decida bem e não estrague uma experiência internacionalmente reconhecida como boa prática na gestão do FSE.
A orgânica do Governo não ajuda. Mas o bom senso resolve muitos problemas. Resta saber se, acabada a campanha eleitoral e tendo os Ministros que se confrontar com a realidade da governação, estes corrigem os defeitos organizativos do governo ou se submetem a eles. E se percebem a sua nova missão ou se deixam prender pelas suas retóricas anteriores.

3.7.11

Sem ironias ou segundas intenções. Um cumprimento a Mota Soares.

O novo Ministro da Segurança Social. Pedro Mota Soares, decidiu extinguir o lugar de director-adjunto distrital de segurança social. Cumprimento-o sinceramente pela decisão. Eram lugares desnecessários e mantidos, no mínimo, com alguma artificialidade. Isto sim, é simbólico da vontade de cortar despesa com critério.

Time,the best pictures of the week: polio, a war that deserves to be fought

                                          (Issouf Sanogo—AFP/Getty Images)

June 25, 2011. A child receives an oral polio vaccine in the Abobo suburb of Abidjan during the opening of the second national day of polio vaccinations organized by the World Health Organization, UNICEF and Rotary International, among others. Read more.

De links bem abertos: as coisas que dizem ao Expresso

Estou fora de Portugal e não assino o Expresso online, pelo que me limito a acreditar nas fontes secundárias que escrevem que:

1. Assunção Cristas disse à Única que um Ministro não tem de saber "a fundo" da àrea pela qual é responsável:  A pasta é esta, o desafio foi este, só tinha de pensar se tinha condições para o aceitar. Como toda a gente sabe, não percebo da matéria. (...) Se alguém que tem experiência política confia em mim para me fazer este convite - que é articulado entre o líder do CDS e o primeiro-ministro - tenho o dever de fazer o melhor que sei. Um ministro não tem de saber a fundo sobre a área." (via Ladrar à Lua)

2. Manuela Moura Guedes telefonou a Pedro Passos Coelho para que Miguel Macedo desconvidasse Bernado Bairrão que... (via Câmara Corporativa)


Com as coisas que dizem ao Expresso, o novo governo promete.

"people are strange": 40 years ago, the voice of Jim Morrison became silent.

1.7.11

Agora sim, Passos Coelho tem uma boa razão para pedir desculpa ao país.

Sim, há precedentes. Durão Barroso e depois José Sócrates tomaram nos primeiros dias de Governo medidas que contrariavam os seus discursos de pré-campanha. Não faltará quem o repita.
Mas há uma diferença de fundo. Tivessem Barroso e Sócrates razão ou não, ambos invocaram um motivo atendível. Ambos se basearam em informações do Banco de Portugal que diziam que a situação das finanças públicas era diferente da que tinha sido divulgada pelos seus antecessores.
Pedro Passos Coelho com as medidas que anuncia mal chega ao governo passa da conduta duvidosa que atribuoao seus antecessores (com o amparo de Vitor Constâncio) para a total falta de pudor. Não há "surpresa" invocável. As contas foram auditadas, corrigidas pelo Eurostat, tidas em consideração pelos peritos da famosa "troika". Não há nada de novo na situação económica e financeira do país entre a pré-campanha, a campanha eleitoral e hoje. O mundo não mudou, o país não mudou, apenas Passos Coelho mudou de lugar. E eu, que não gosto de usos excessivos da linguagem na política sou forçado a dizer que ou Passos Coelho tomou os eleitores por parvos, ou mentiu deliberadamente, ou disse disparates ou já não é ele que governa o país, mas alguém com quem ainda não tinha falado a 1 de Abril de 2011.
A reportagem do vídeo abaixo não deixa margem para dúvidas. Passos Coelho disse então que aquilo que agora  fez era um disparate.
Para a reflexão necessária sobre a verdade e a política fica que Sócrates imputou a Passos Coelho a intenção de cortar o 13º mês, este respondeu que isso era "um disparate" e agora o cortou.
Para a reflexão necessária no PS sobre a sua relação com o governo fica que esta como outras medidas nada tem que ver com compromissos nacionais assumidos com a troika.
Agora sim, Passos Coelho tem uma boa razão para pedir desculpa ao país. E o país tem razões para pensar que quem mentia não era Sócrates.

Presunção de inocência, sempre. Seja com quem for, seja contra quem for.

Abstive-me de escrever sobre o caso DSK. Tudo tem sido escrito. As frases mais certas e os maiores disparates. Abro uma excepção para dizer que, se tivesse escrito algo, gostaria de ter sido o que Rogério Costa Pereira escreveu em Strauss-Kahn: dos autos-de-fé modernos.Presunção de inocência, sempre. Seja com quem for, seja contra quem for.

De links bem abertos: a esquerda precisa de uma agenda reformista

Talvez os portugueses percebam hoje melhor que ontem o argumento de Patrick Diamond. Se a esquerda não adopta uma agenda reformista perante o mundo em mudança, a direita comandará com uma agenda mais dura e mais injusta:

"If the left does not propose an agenda for progressive reform, the centre-right will dominate the political landscape - implementing reforms that are harsh and unfair. That is the lesson of the contemporary era.